quarta-feira, 24 de junho de 2009

Sutilezas II

Havia saído pra escrever sobre filosofia.
Mas, naquele momento, naquele exato instante - súbito e volúvel - consegui sentí-la tocável.

Havia chegado na praça - cheia como em qualquer tarde de folga, onde as pessoas transmitem aquela hipocrisia que costumam denominar 'alegria'.

Mas, bom, tendo cá comigo a minha música e minhas folhas em branco, me viro.

Foi quando olhei para frente. Uma imagem que, mesmo que tente descrever por estas linhas; mesmo que haja reproduções e figuras num papel dessa imagem; mesmo que tudo isso fosse feito, não é possível que haja alguma forma de expressar o que eu realmente vi.

Era uma árvore grande, tal um ipê, intensamente cor-de-rosa.
Cor-de-rosa de rosa de ipê.
E todo esse rosa, a se derramar pelo gramado macio, se espalhava, espreguiçando-se em múltiplos e vivos "rosas" de flores de ipê. E toda a grama verde quase se perdia naquele mar de flores caídas sobre ela e subindo sobre a imensa árvore de cachos cor-de-rosa.

Aí, pensei: Acho que aquele banco ali do lado é um bom lugar.

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