sexta-feira, 1 de maio de 2009

A eternidade. Num momento.

É uma eternidade do tamanho da dor. (Ou uma dor do tamanho da eternidade de um momento?)
É maior que o mundo, e de tão, tão grande não consegue sair de nós – porque é maior que nós.
- Mas como é tão grande, se nós somos tão pequenos?
- É porque ela consegue ficar em nós, sendo tão maior que nós, e não consegue sair – justamente por não conseguir ultrapassar nossa porta, que é muito pequena.
É como se todo um mundo estivesse dentro de uma garrafa.
Essa garrafa se judiou para abrir a tampa. Se judiou, se exorcizou, se desesperou.
Para abrir uma ínfima tampa; um resquício de inocência perdida no meio da dor do mundo.

E agora me pedem pra exorcizar um mundo de dor. Um mundo que não passa pela minha insignificante – de tão pequena – porta.

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