sexta-feira, 1 de maio de 2009

Eu não quero deixar.

Não quero deixar esse fiozinho de luz, que insiste em entrar pela fresta da janela, para trás, como se fosse apenas dar as costas e desconsiderar. Porque o fiozinho de luz denuncia minha sombra na parede.

Não quero deixar esses livros pela metade, nem essas canções mal-cantadas, nem esses amores meio-vividos. Porque ir só até a metade faz acomodar, faz incomodar. Porque meio-viver fica impregnado em nós, que nem cheiro de fumaça. Pra gente se acostumar.

Não quero deixar minha força para trás, minha força de querer, minha força de me entregar sem força. Porque senão a gente perde o resquício de luz que um dia entrou pela janela, e fica no escuro.

E aí não tem meio-termo.

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Um comentário:

  1. Então fica onde a lua está, Bonita.
    Onde você estiver, sempre haverá mais luz. Beijoooooo

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