sexta-feira, 22 de maio de 2009

Sutilezas.

Sabe quando um dia que você vive parece ser uma data familiar, como se há tempos atrás, no mesmo mês e dia, algo significativo de alguma forma acontecera?
Mas, o que? O que é esse "algo" familiar?; é só um dia como os outros.

Sabe quando, numa conversa interessante, de repente as duas pessoas pensam na mesma coisa no mesmo instante? É como uma troca que se mistura. Uma linha que começa a se costurar partindo de suas pontas, e cada ponta sai de um dos dois indivíduos. E aí essas pontas crescem, crescem, até que uma ponta alcança aquela outra ponta da linha. E ambas se entrelaçam, se prendem, se costuram.

E se tornam uma só linha.

Uma linha que é tua e que é do outro, naquele exato e único momento. Ou talvez não chegue nem a um momento. É como se isso tudo, toda essa troca misturada acontecesse num meio-momento; num décimo de átimo de segundo, inconcebível pelos próprios sujeitos que se deparam com tal experiência.

Mas, enfim... acontece. 'Entre linhas'.

(como o céu estrelado lá fora - é única a sensação de se surpreender todo dia com um céu que se vê todo dia.)


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